Índice de correção de aluguel: o que é e como funciona em 2025

Índice de correção de aluguel é o indicador usado para atualizar o valor do aluguel ao longo do tempo, acompanhando a inflação ou outras variações econômicas. Você já percebeu como o preço do aluguel muda de um ano para o outro? Isso acontece porque existe um índice específico que garante que o valor pago acompanhe o mercado e não fique defasado.

Entender como funciona o índice de correção de aluguel é essencial para quem aluga ou pretende alugar um imóvel. Com essa informação, você consegue negociar melhor, evitar surpresas e manter seus contratos sempre atualizados. Quer saber como tudo isso impacta o seu bolso? Então continue lendo e descubra como esse índice pode fazer diferença na sua vida financeira.

Pontos-chave

  • O índice de correção de aluguel é fundamental para manter o valor do aluguel atualizado, seguindo a inflação e as variações do mercado imobiliário.

  • Os principais índices utilizados nos contratos são IGP-M e IPCA, cada um com características e impactos diferentes no reajuste anual do aluguel.

  • O cálculo do reajuste é simples: basta multiplicar o valor atual do aluguel pelo índice acumulado dos últimos 12 meses, conforme estabelecido em contrato.

  • Negociar o índice e as condições de reajuste é possível e recomendável, trazendo maior flexibilidade e previsibilidade para o locador e o locatário.

  • Escolher o índice correto e registrar tudo em contrato evita conflitos e surpresas, além de garantir a legalidade e transparência da relação locatícia.

O que é índice de correção de aluguel

Índice de correção de aluguel é o número usado pra atualizar o valor do seu aluguel, levando em conta a inflação e mudanças do mercado. Todo contrato de aluguel registra esse índice e ele faz diferença direto no seu bolso, seja pra pagar ou pra receber.

  • Ajusta seu aluguel: O índice serve pra garantir que o valor do aluguel siga justo, sem surpresas, acompanhando a economia brasileira. Por exemplo, IGPM e IPCA são os mais usados e aparecem em praticamente todo contrato.

  • Evita discussões: Com o índice no contrato, todo mundo já sabe como o ajuste é feito. Isso evita confusão entre você e o proprietário ou inquilino.

  • Reflete a inflação: Já reparou como tudo fica mais caro com o tempo? O índice de correção faz o aluguel seguir esse ritmo, pra nenhuma das partes sair perdendo.

  • Garante contratos atualizados: O índice mantém o aluguel em dia com o mercado, seja na alta ou na baixa.

Quando você conhece bem o índice de correção, consegue negociar melhor e evitar sustos. Por isso, olhar esse detalhe te ajuda a planejar suas contas e ter mais controle financeiro.

Como funciona o reajuste de aluguel

Quer entender de forma simples como o valor do aluguel muda todo ano? O reajuste de aluguel usa índices oficiais pra garantir que o contrato siga o que acontece na economia do país sem prejudicar quem paga ou quem recebe o aluguel.

Por que os contratos são reajustados

  • O reajuste evita que o valor do aluguel fique defasado com a inflação, assim você não paga nem recebe menos do que vale.

  • Usar um índice como IPCA ou IGP-M traz transparência, ninguém pega surpresa no bolso — você já sabe quando e quanto o valor vai mudar.

  • Quando o contrato traz o índice certo, as duas partes protegem seus interesses sem precisar discutir ou negociar a cada virada de ano.

Quando o reajuste deve ser aplicado

  • O reajuste normalmente acontece todo aniversário do contrato, uma vez por ano.

  • O índice escolhido (como IPCA ou IGP-M) precisa estar escrito no contrato, porque a lei só aceita reajuste por esse caminho oficial.

  • Assim que a data de reajuste chegar, basta multiplicar o valor atual do aluguel pelo índice acumulado dos últimos 12 meses. Isso mantém tudo prático, seguro e previsível pros dois lados.

Principais índices de correção utilizados

Você que aluga ou pensa em alugar um imóvel precisa entender os índices que mais aparecem nos contratos. Eles fazem a diferença no seu bolso, afinal, é com base neles que o valor do aluguel muda ano a ano.

IGP-M (FGV)

O IGP-M é o índice mais famoso quando se fala em aluguel. Calculado todo mês pela Fundação Getúlio Vargas, ele mede a inflação na produção e no consumo. Se seu contrato cita o IGP-M, seus reajustes vão acompanhar as mudanças da economia geral.

IPCA (IBGE)

O IPCA é o índice oficial de inflação do Brasil, feito pelo IBGE. Ele mostra quanto os preços subiram para quem vive nas cidades. Seu aluguel segue o IPCA quando o objetivo é acompanhar a inflação real do país.

IGP-DI (FGV)

O IGP-DI também é da FGV, mas usa variações diárias. Ele olha para todos os elos da cadeia de preços, assim como o IGP-M, só que faz o cálculo de um jeito diferente. Isso pode deixar os reajustes um pouco diferentes.

IVAR (FGV)

O IVAR é mais novo e ainda pouco usado. Ele também é feito pela FGV e acompanha a variação dos preços de aluguéis residenciais em algumas cidades, seguindo de perto o que realmente acontece no mercado de imóveis.

INPC (IBGE)

Quem foca nas famílias que ganham menos, olha para o INPC. O IBGE calcula esse índice para ver como o aumento dos preços afeta quem tem renda até cinco salários mínimos. Em contratos desse perfil, o INPC pode aparecer como referência de reajuste.

IPC (FIPE)

O IPC da FIPE analisa quanto os preços subiram para as famílias na cidade de São Paulo. Alguns contratos trazem o IPC porque ele foca na inflação vivida pelas pessoas no dia a dia, principalmente em SP.

IPC-DI (FGV)

O IPC-DI mistura o cálculo diário da inflação ao consumidor. Se você vê esse nome no contrato, saiba que é mais uma forma de alinhar o aluguel ao custo de vida do mês a mês.

IPCA-E (IBGE)

O IPCA-E oferece uma visão especial da inflação, feita pelo IBGE. Ele mostra a inflação acumulada em períodos específicos — ótimo para contratos que ajustam o valor fora das datas padrão.

Esses índices protegem seu poder de compra e deixam os contratos mais justos, tanto para você quanto para o proprietário. Saber qual está no seu contrato faz toda a diferença antes de planejar o próximo ano.

Como calcular o reajuste do aluguel

Reajustar o aluguel parece complicado, mas é fácil quando você entende a fórmula e sabe onde buscar informações. Basta usar o índice correto—geralmente IGP-M ou IPCA—definido no seu contrato.

Exemplo prático de cálculo com IGP-M e IPCA

Você pode calcular o novo valor do aluguel assim:

Novo aluguel = valor atual x (1 + índice acumulado dos últimos 12 meses)

Veja na prática:

  • Seu aluguel é de R$ 2.000 e o IGP-M acumulado do ano chegou a 13,02%. O cálculo fica:

  • R$ 2.000 x 1,1302 = R$ 2.260,40

  • Se o aluguel é R$ 2.500 e o IPCA do período foi 4,56%:

  • R$ 2.500 x 1,0456 = R$ 2.614,00

Preencha com os seus próprios valores e o índice do seu contrato. Assim, você evita surpresas.

Diferença entre os índices e impacto no valor final

Entender a diferença entre IGP-M e IPCA facilita a escolha mais vantajosa pra você:

  • IGP-M varia mais e, em vários anos, aumenta o valor do aluguel acima da inflação.

  • IPCA é mais estável, então o reajuste costuma ser menor e previsível.

  • Escolher o índice certo te ajuda a planejar melhor o orçamento e evita reajustes pesados de uma vez.

Para quem quer evitar altos reajustes, é comum optar pelo IPCA. Já contratos antigos ainda costumam usar o IGP-M. Fique de olho no índice do seu contrato para decidir se ele combina com seu perfil e momento financeiro.

Possibilidades de negociação entre locador e locatário

Negociar o índice de correção do aluguel pode deixar o contrato mais leve pra você e pra outra parte, sem clima pesado. Existem várias formas de adaptar o reajuste pra encaixar no seu momento e na situação do mercado:

Trocar o índice de reajuste

Você pode sugerir mudar o índice escolhido pelo contrato, como trocar o IGP-M pelo IPCA. O IPCA costuma ser menos volátil e dá mais estabilidade, enquanto o IGP-M costuma subir mais em certos períodos. Se prefere previsibilidade, pegue o IPCA como base.

Pedir descontos temporários

Se tá difícil manter o orçamento, peça desconto no reajuste ou até congelar o valor por alguns meses. Muita gente já tentou e conseguiu, principalmente em época de baixa procura.

Ajustar a periodicidade

Você pode conversar e tentar trocar o reajuste anual por um reajuste a cada dois anos ou então semestral, caso esteja planejando ficar mais tempo no imóvel.

Utilizar “gatilhos” de reajuste

Se topar, inclua no contrato previsões para negociações especiais, como limitar o aumento a um teto ou vincular a valores mínimos de outros índices, garantindo limites claros pra ambos.

Contar com um corretor ou imobiliária

Profissionais, como corretores e gestores imobiliários, podem intermediar e defender seu lado. Eles conhecem o mercado e ajudam a evitar conflitos, deixando o processo mais justo e equilibrado.

Essas possibilidades tornam o contrato mais flexível, alinhado ao que você precisa no momento e à realidade do mercado. Combine tudo por escrito para ter segurança e não perder direitos nem oportunidades.

O que fazer e o que evitar no reajuste

Quando chega o momento de reajustar o aluguel, muita coisa pode impactar seu bolso e também sua relação com o outro lado do contrato. Saber o que fazer e o que evitar deixa tudo mais simples e justo pra todo mundo.

O que fazer

Escolher o índice certo: Escolha no contrato o índice de correção de aluguel, como IGP-M ou IPCA. Isso traz clareza pra você e evita dores de cabeça depois.

Colocar tudo por escrito: Digite no contrato o índice que usou, como pede a Lei do Inquilinato (Lei 8.245/1991). Todo mundo fica ciente do combinado.

Respeitar o prazo de reajuste: Ajuste o aluguel só a cada 12 meses. Assim, ninguém tem surpresa e o valor acompanha o mercado de forma previsível.

Conversar abertamente: Fale sempre com a outra parte antes de aplicar qualquer atualização no aluguel. Transparência evita mal-entendidos e conflitos.

O que evitar

Usar índices sem respaldo legal: Não tente usar dólar, salário mínimo ou variação cambial pra calcular o reajuste de aluguel. Esses parâmetros não valem pra contratos de locação.

Fazer reajuste fora do período: Evite aumentar o aluguel antes dos 12 meses previstos ou fora do que tá no contrato. Isso pode trazer problemas jurídicos.

Justificar reajuste com melhorias: Não aumente o valor só porque fez alguma melhoria no imóvel antes da renovação. O que vale é o índice acordado e a periodicidade do contrato.

Quando você segue essas dicas, mantém o controle do seu planejamento, evita conflitos e garante que tudo aconteça de forma segura e previsível. Se tiver dúvida, sempre olhe o contrato e converse antes de agir.

Como fica o aluguel em 2025?

O aluguel em 2025 muda conforme o índice de correção escolhido no seu contrato. Os mais usados seguem a inflação, especialmente o IGP-M e o IPCA. O reajuste normalmente rola uma vez por ano, sempre na mesma data em que você assinou o contrato.

Como calcular reajuste de aluguel pelo IGP-M?

Se o seu contrato usa o IGP-M, o reajuste em junho de 2025 marcou 7,02%. Isso significa que, se você paga R$ 2.000 por mês, o novo valor passa para R$ 2.140,40. Quer saber como fazer a conta? Basta multiplicar o valor atual do aluguel por 1,0702. Em agosto e setembro, pela mesma lógica, o ajuste foi mais baixo: 3,03%. O IGP-M mede preços do produtor, consumidor e construção, então é mais sensível às variações do mercado.

Exemplo prático:

  • Aluguel atual: R$ 2.000

  • IGP-M acumulado: 7,02%

  • Cálculo: 2.000 x 1,0702 = R$ 2.140,40

Como calcular reajuste de aluguel pelo IPCA?

Se o reajuste do seu aluguel segue o IPCA, o índice registrado em abril de 2025 ficou em 5,48%. Nessa situação, quem paga um aluguel de R$ 1.500 verá o valor ir para R$ 1.582,20. O cálculo é simples: multiplique o aluguel atual por 1,0548. O IPCA é o índice oficial da inflação, usado pelo governo, e costuma ser mais estável em comparação ao IGP-M.

Exemplo prático:

  • Aluguel atual: R$ 1.500

  • IPCA acumulado: 5,48%

  • Cálculo: 1.500 x 1,0548 = R$ 1.582,20

Fique de olho no seu contrato para ver qual índice vale para o seu caso. Assim, você pode acompanhar de perto quanto vai pagar a mais ou se preparar para negociar.

Foto de Henrique Rusca

Henrique Rusca

CEO da Condolivre, fintech de soluções financeiras para o universo dos condomínios e soluções de crédito para cada parte do ecossistema das administradoras. Bacharel em Engenharia Elétrica e Ciência da Computação pela Duke University.
Foto de Henrique Rusca

Henrique Rusca

CEO da Condolivre, fintech de soluções financeiras para o universo dos condomínios e soluções de crédito para cada parte do ecossistema das administradoras. Bacharel em Engenharia Elétrica e Ciência da Computação pela Duke University.

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