Quanto ganha um síndico de condomínio?

Quanto ganha um síndico de condomínio é uma questão que desperta curiosidade, especialmente para quem vive em condomínios ou considera assumir essa função. O salário de um síndico pode variar bastante, dependendo de fatores como a localização do condomínio, o tamanho e as responsabilidades atribuídas. Em muitos casos, o síndico recebe uma compensação mensal que pode incluir um valor fixo ou um desconto nas taxas de condomínio.

Entender como são calculados os honorários do síndico é essencial para uma gestão transparente e eficiente. Além do salário, é importante considerar as obrigações fiscais, como o INSS e o ISSQN, que podem impactar o valor líquido recebido. Se estás a pensar em ser síndico, ou apenas queres saber mais sobre como funciona essa remuneração, é crucial ter uma visão clara e objetiva sobre todos esses aspectos.

Pontos-chave

  • O salário de um síndico de condomínio varia com base na localização, tamanho e complexidade do condomínio, bem como das responsabilidades atribuídas.
  • Existem dois tipos de síndicos: morador, que reside no condomínio, e profissional, que possui experiência técnica em gestão condominial.
  • A remuneração pode ser direta, por meio de pró-labore, ou indireta, como isenção parcial ou total das taxas condominiais.
  • Fatores como número de unidades, itens de lazer e volume de obras influenciam significativamente a carga de trabalho e, consequentemente, o salário do síndico.
  • Direitos e deveres do síndico incluem férias, conforme estipulado pela convenção, e contratos claros para síndicos profissionais, assegurando gestão eficiente e cumprimento das normas.

Quem pode ser síndico de condomínio?

A função de síndico de condomínio leva múltiplas responsabilidades e requer um perfil abrangente. Você pode atuar como síndico morador ou síndico profissional, cada um com suas distinções e requisitos.

Síndico morador

Como síndico morador, residir no condomínio é fundamental. Não é preciso experiência profissional, mas deve-se possuir habilidades interpessoais, jurídicas e de gestão financeira, pois resolver conflitos e gerir adequadamente as finanças do condomínio será diário. Com a função, sua remuneração varia entre R$ 1,5 mil e R$ 4 mil mensais, dependendo da convenção do condomínio e da aprovação por dois terços dos condôminos.

Síndico profissional

Para se tornar um síndico profissional, é necessária uma abordagem mais técnica e especializada. Mesmo sem residir no condomínio, você deve trazer experiência prévia em gestão condominial e um profundo entendimento das leis que regem os condomínios. A sua atuação como contratado permite que o salário atinja valores de R$ 2.498,00 a R$ 4 mil mensais por condomínio, com uma média ao redor de R$ 3 mil. Contrariamente ao síndico morador, o foco principal recai na aplicabilidade de conhecimentos especializados e na melhoria contínua dos processos de governança do condomínio.

Quanto ganha um síndico de condomínio?

Um síndico pode receber remuneração direta ou indireta, e os valores variam bastante dependendo da estrutura e da complexidade do condomínio.

Remuneração direta

A remuneração direta, conhecida como pró-labore, é uma compensação financeira paga ao síndico. Essa modalidade não tem um piso ou teto legal definidos e depende da aprovação pela assembleia de condôminos. Síndicos profissionais em condomínios complexos ou múltiplos condomínios podem receber até R$ 15 mil mensais. Fatores como número de unidades e carga de trabalho influenciam esse valor.

Remuneração Indireta

Na remuneração indireta, o síndico, muitas vezes um síndico morador, recebe isenção total ou parcial das taxas condominiais. Embora liberado da taxa condominial mensal, outras taxas como fundo de reserva permanecem obrigatórias. Esse abono é considerado um reconhecimento pelos serviços prestados ao condomínio.

Salários mínimos para pagamento do síndico

Dependendo do condomínio, o pagamento pode equivaler a dois a cinco salários mínimos. Em cenários mais complexos ou exigentes, o valor pode alcançar até oito salários mínimos. A quantia exata é geralmente decidida em assembleia.

Porcentagem da arrecadação para pagamento do síndico

Em alguns condomínios, opta-se por destinar uma porcentagem da arrecadação mensal às remunerações dos síndicos. Essa porcentagem pode variar conforme a política interna e as necessidades de manutenção e serviços do condomínio.

Fatores que influenciam o salário do síndico

O salário do síndico do condomínio depende de vários aspectos que determinam a extensão de suas responsabilidades. Considerar esses fatores é essencial ao avaliar a remuneração.

Itens de lazer

Condomínios com vários itens de lazer, como piscinas, academias e salões de festas, exigem maior gestão e manutenção. Síndicos que gerem esses recursos são muitas vezes recompensados com salários mais altos devido ao aumento das responsabilidades.

Número de unidades

O número de unidades impacta diretamente a carga de trabalho do síndico. Condomínios com mais unidades geralmente exigem mais tempo e atenção, resultando em uma remuneração superior. Agendas de manutenção e comunicação entre residentes são tarefas mais complexas nestes casos.

Carga horária

O tempo dedicado às atividades do condomínio influencia o salário. Síndicos que trabalham mais horas possuem remunerações mais competitivas. A carga horária reflete não apenas nas obrigações diárias, mas também na disponibilidade para resolver problemas inesperados.

Volume de obras

Grandes volumes de obras e manutenções estruturais aumentam a complexidade do trabalho do síndico. Condôminos muitas vezes pagam salários mais altos a síndicos que coordenam projetos de renovação significativos, dada a necessidade de habilidades adicionais.

Diferença entre síndico morador e síndico profissional

O síndico morador reside no próprio condomínio. Geralmente, recebe uma remuneração indireta, como isenção das taxas condominiais. Este papel não exige experiência profissional, mas habilidades interpessoais, jurídicas e de gestão financeira são necessárias. Aproveitar o conhecimento da comunidade ajuda em uma liderança eficaz.

O síndico profissional, por outro lado, não tem vínculo residencial com o condomínio. Contratado especificamente para a gestão condominial, recebe uma remuneração direta. Os valores variam conforme a carga horária, número de unidades e especificidades do serviço. A experiência prévia e o conhecimento técnico em gestão são fundamentais. Cada decisão é tomada com foco na aplicação de conhecimentos especializados e melhoria dos processos.

Direitos e obrigações do síndico

Os direitos e obrigações do síndico de um condomínio abrangem diversos aspectos cruciais para a boa gestão e operação do edifício. Entender bem estas responsabilidades é essencial para garantir a harmonia e eficiência do local.

Férias

O síndico, sendo profissional ou morador, tem o direito a gozar férias como qualquer outro trabalhador. A convenção do condomínio pode determinar os parâmetros para a ausência temporária do síndico. Durante o período de férias, é comum que um subsíndico ou membro do conselho fiscal assuma temporariamente as suas funções. A coordenação prévia é fundamental para evitar lacunas na gestão.

Contrato

O contrato do síndico profissional deve definir claramente os direitos, deveres e remuneração, além de estipular as condições de trabalho e horários. O documento detalha as responsabilidades específicas, como a aplicação das normas internas e a representação do condomínio perante entidades externas. O contrato ainda pode incluir cláusulas que versam sobre a resolução de conflitos e o procedimento para rescisão, assegurando uma gestão clara e organizada.

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Henrique Rusca

CEO da Condolivre, fintech de soluções financeiras para o universo dos condomínios e soluções de crédito para cada parte do ecossistema das administradoras. Bacharel em Engenharia Elétrica e Ciência da Computação pela Duke University.
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Henrique Rusca

CEO da Condolivre, fintech de soluções financeiras para o universo dos condomínios e soluções de crédito para cada parte do ecossistema das administradoras. Bacharel em Engenharia Elétrica e Ciência da Computação pela Duke University.

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