Salário de síndico: entenda a remuneração no condomínio

Salário de síndico é um tema que desperta muitas dúvidas entre moradores e administradores de condomínios. Afinal, quanto deve ganhar uma pessoa responsável por gerir um condomínio, lidar com fornecedores, resolver conflitos e garantir o bom funcionamento das áreas comuns?

A remuneração do síndico pode variar bastante dependendo do tamanho do condomínio, da cidade e das responsabilidades atribuídas.

Entender como é definido o salário de síndico é essencial para garantir uma gestão eficiente e justa. Neste artigo, você vai descobrir os fatores que influenciam essa remuneração, além de dicas para negociar e definir um valor adequado para a função.

Pontos-chave

  • Variabilidade do salário do síndico: O salário do síndico depende do tamanho do condomínio, localização geográfica e responsabilidades atribuídas. Síndicos de condomínios maiores e em grandes centros urbanos geralmente recebem salários mais elevados.
  • Estruturas de remuneração: A remuneração do síndico pode ser direta (pró-labore) ou indireta (benefício como abatimento na taxa condominial). Síndicos profissionais frequentemente recebem salários mais altos e benefícios adicionais como férias e décimo terceiro salário.
  • Diferenças entre síndicos moradores e profissionais: Síndicos moradores tendem a ganhar entre R$ 1.500 e R$ 4.000, enquanto síndicos profissionais podem ganhar até mais de R$ 4.000, dependendo da complexidade do condomínio.
  • Legislação e obrigações trabalhistas: Síndicos não são considerados funcionários CLT e não possuem direitos trabalhistas tradicionais como férias remuneradas, mas devem contribuir para a Previdência Social e pagar impostos sobre a remuneração recebida.
  • Fatores determinantes do salário: Carga horária, volume de obras, número de unidades e a extensão física do condomínio são fatores que influenciam diretamente o salário do síndico. Métodos de cálculo podem variar entre remuneração direta e indireta.
  • Importância de uma remuneração justa: Definir um salário justo e condizente com as responsabilidades é crucial para assegurar uma gestão eficiente e profissional do condomínio, beneficiando todos os moradores.

Estruturas de salário do síndico

Entender as estruturas de remuneração do síndico é essencial para garantir a eficiência na administração do condomínio.

Remuneração direta

A remuneração direta do síndico consiste em um pagamento em dinheiro, conhecido como pró-labore. Este tipo de remuneração não afeta as taxas condominiais dos moradores, e o síndico continua com suas obrigações de contribuir para o fundo de reserva e taxas extras. O valor do pró-labore pode variar conforme o tamanho do condomínio e as responsabilidades associadas.

Salário de síndico

Benefícios indiretos

Além da remuneração financeira, os síndicos podem receber benefícios indiretos. Entre esses benefícios estão:

  • Décimo terceiro salário: Alguns contratos incluem um décimo terceiro salário para o síndico profissional, fornecendo um pagamento extra no final do ano.
  • Férias: As férias podem ser negociadas, proporcionando ao síndico 30 dias de descanso remunerado ou a possibilidade de emendar feriados. Esse benefício é crucial para manter o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Tabela de salário de síndico (edifícios)

A tabela salarial para síndicos varia de acordo com fatores como a carga horária e o tipo de condomínio. Em condomínios menores, a remuneração pode ser proporcionalmente menor, enquanto em grandes complexos, a remuneração tende a ser mais alta, refletindo as maiores responsabilidades.

Tipo de CondomínioRemuneração Média (R$)
Pequeno2.000 – 3.500
Médio4.000 – 6.000
Grande6.500 – 10.000

Avaliar essas estruturas de remuneração ajuda a definir uma compensação justa, que reflete o trabalho e dedicação ao bem-estar do condomínio.

Legislação sobre salário de síndico

A legislação brasileira não impõe uma regra fixa sobre a remuneração dos síndicos, permitindo que cada condomínio determine suas próprias condições de pagamento.

Direitos trabalhistas aplicáveis

O síndico não é considerado um funcionário do condomínio. Por isso, ele não tem direitos trabalhistas previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ele atua como um contribuinte individual. 

Dessa forma, não há uma relação de subordinação empregatícia. Isso significa que o síndico não recebe benefícios como férias remuneradas ou décimo terceiro salário, direitos esses garantidos aos empregados regidos pela CLT.

Implicações tributárias

Mesmo não sendo um empregado, o síndico é um segurado obrigatório da Previdência Social. O condomínio deve recolher a contribuição previdenciária. A remuneração do síndico está sujeita à tributação. Isso inclui o pagamento de Imposto de Renda sobre valores recebidos. 

Contudo, a legislação não especifica todas essas obrigações tributárias detalhadamente. A convenção do condomínio deve prever essas responsabilidades para evitar problemas futuros.

Essas informações são essenciais para uma administração eficiente do condomínio.

Diferenças salariais entre síndicos moradores e profissionais

As diferenças salariais entre síndicos moradores e profissionais são influenciadas por diversos fatores específicos.

Qual é o salário de síndico morador?

O síndico morador geralmente recebe um salário que varia entre R$ 1.500 e R$ 4.000 por mês. Esse valor depende da carga horária, número de unidades do condomínio e outras características específicas.

Sua remuneração pode ser direta ou indireta. A remuneração direta, também conhecida como pró-labore, é um pagamento fixo pelos serviços prestados. 

A remuneração indireta inclui o abatimento parcial ou total da taxa condominial mensal. Essa forma de remuneração não elimina obrigações como a contribuição para o fundo de reserva e taxas extras.

Qual é o salário de síndico profissional?

O síndico profissional, por outro lado, recebe valores que variam mais amplamente devido à natureza especializada dos serviços prestados. A remuneração pode começar a partir de R$ 4.000 até superar os R$ 10.000 mensais, dependendo da complexidade e tamanho do condomínio.

Contratar um síndico profissional geralmente acarreta custos adicionais, mas a especialização e a dedicação integral muitas vezes compensam o investimento. A contratação de síndicos profissionais pode ajudar a melhorar a gestão financeira e o equilíbrio do fluxo de caixa do condomínio.

Benefícios e obrigações

Os síndicos moradores, além do salário, podem usufruir de benefícios como o abatimento de suas taxas condominiais. Contudo, eles não possuem direitos trabalhistas previstos na CLT, atuando como contribuintes individuais.

Já os síndicos profissionais, por serem contratados como prestadores de serviço, têm acordos trabalhistas próprios definidos em contrato, que podem incluir férias e décimo terceiro salário.

Fatores determinantes do salário de síndico

  • Tamanho do condomínio: Síndicos de condomínios maiores, com mais unidades e áreas comuns, geralmente recebem remunerações mais elevadas. Por exemplo, um condomínio com 60 unidades em São Paulo tem uma média salarial de aproximadamente R$ 7 mil, segundo dados do Secovi-SP.
  • Carga horária e dedicação: Síndicos que dedicam mais horas semanais ao condomínio têm salários superiores. A dedicação é crucial para um bom equilíbrio do fluxo de caixa e gestão financeira.
  • Localização geográfica: Condomínios localizados em grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, costumam pagar salários mais altos devido ao custo de vida e à complexidade da administração.
  • Complexidade da gestão: Condomínios com infraestrutura complexa, como áreas de lazer extensivas e serviços adicionais, demandam síndicos com mais experiência e, consequentemente, salários maiores.
  • Volume de obras: O número e a complexidade das obras e reformas em andamento ou planejadas no condomínio também podem impactar o salário do síndico. Mais obras demandam mais supervisão e coordenação, aumentando a responsabilidade.
  • Número de unidades condominiais: Mais unidades significam maior volume de gestão, interações e possíveis problemas. Isso pode justificar um salário mais alto para quem gerencia grandes condomínios.

Analisando esses fatores, você pode determinar um salário justo e condizente com as responsabilidades e demandas específicas do cargo de síndico.


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Henrique Rusca

CEO da Condolivre, fintech de soluções financeiras para o universo dos condomínios e soluções de crédito para cada parte do ecossistema das administradoras. Bacharel em Engenharia Elétrica e Ciência da Computação pela Duke University.
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CEO da Condolivre, fintech de soluções financeiras para o universo dos condomínios e soluções de crédito para cada parte do ecossistema das administradoras. Bacharel em Engenharia Elétrica e Ciência da Computação pela Duke University.

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