Despesas ordinárias de condomínio: o que são, quem paga e como funcionam

Despesas ordinárias de condomínio são todos os custos necessários para manter o funcionamento e a conservação das áreas comuns do prédio, como limpeza, salários de funcionários, manutenção de elevadores e contas de água e luz. Você já deve ter percebido que esses valores aparecem todo mês no boleto do condomínio e fazem parte da rotina de quem mora em apartamentos ou conjuntos residenciais.

Entender como funcionam as despesas ordinárias de condomínio ajuda você a planejar melhor o orçamento e evitar surpresas desagradáveis. Saber exatamente o que está incluso nessas cobranças traz mais transparência e facilita a convivência entre os moradores. Afinal, ninguém gosta de pagar por algo que não entende, não é mesmo?

Pontos-chave

  • Despesas ordinárias de condomínio são custos recorrentes essenciais para o funcionamento e manutenção das áreas comuns, como limpeza, salários, manutenção e contas de água e luz.

  • A responsabilidade pelo pagamento dessas despesas normalmente é do inquilino, enquanto despesas extraordinárias ficam a cargo do proprietário, conforme define a Lei do Inquilinato.

  • O valor da taxa condominial é determinado em assembleia, com participação dos condôminos para aprovação da previsão orçamentária anual e maior transparência no processo.

  • Alguns exemplos comuns de despesas ordinárias incluem salários dos funcionários, consumo de utilidades, limpeza, pequenos reparos e contratos obrigatórios de manutenção.

  • Participação ativa, comunicação e consulta à convenção do condomínio são fundamentais para evitar conflitos, esclarecer dúvidas e manter uma convivência harmoniosa entre todos.

O que são despesas ordinárias de condomínio

Despesas ordinárias de condomínio são aquelas que você encontra todo mês na sua vida de condomínio. Estão ligadas ao que mantém tudo funcionando bem no prédio.

  • Contas do dia a dia: sua parte na água das áreas comuns, energia da portaria, gás coletivo e telefone sempre aparece aqui.

  • Salários e encargos: você ajuda no pagamento de porteiros, faxineiros, zeladores e outros funcionários.

  • Limpeza e manutenção: fazem parte as limpezas das áreas comuns, conserto de elevador, troca de lâmpadas ou ajustes no portão.

  • Produtos de consumo: itens como produtos de limpeza, papel higiênico dos banheiros comuns, lâmpadas e ferramentas entram nesse grupo.

  • Contratos obrigatórios: serviços recorrentes, como manutenção de elevador, extintores, bombas de água e portões eletrônicos ficam nessa categoria.

  • Impostos e taxas: inclui despesas como INSS de funcionários, FGTS e taxas municipais específicas ao condomínio.

  • Gestão administrativa: honorários de administradoras de condomínio ou contador também entram na soma das despesas ordinárias.

Você participa de todas essas despesas porque elas fazem parte do que mantém sua casa segura, limpa e funcionando. Ao entender essas contas, você se prepara melhor, evita surpresas e fortalece o clima de cooperação no seu condomínio.

Diferença entre despesas ordinárias e extraordinárias

Entender o que faz parte das despesas ordinárias e extraordinárias evita confusão, dor de cabeça e cobranças erradas na hora de dividir os custos do condomínio.

Veja como diferenciar cada uma:

  • Despesas ordinárias são aquelas que fazem parte da rotina do condomínio. Entram aqui salários dos funcionários, contas de água, luz, limpeza, manutenção de elevador, pequenos reparos e produtos de uso diário. Exemplo: pagar a faxina do prédio ou o serviço de portaria.

  • Despesas extraordinárias são gastos que não acontecem sempre e trazem melhorias, adaptações ou grandes consertos. Incluem reformas maiores, pintura da fachada, instalação de equipamentos novos como câmeras ou sistemas de segurança, fundo de obras e indenizações trabalhistas.

Você, que mora ou aluga, normalmente só paga as despesas ordinárias, já que a Lei do Inquilinato define que as extraordinárias ficam por conta do proprietário do imóvel.

Confira a tabela para facilitar:

Tipo de despesa O que entra Quem paga normalmente
Ordinária Salários, água, luz, limpeza, pequenos reparos Inquilino (morador)
Extraordinária Reformas, pintura de fachada, novos equipamentos Proprietário

Assim, fica muito mais simples conversar no grupo do prédio, sentar em assembleia ou dividir a conta no fim do mês. Se bater dúvida, consulte a convenção do condomínio ou busque orientação do síndico.

Principais exemplos de despesas ordinárias

Despesas ordinárias de condomínio fazem parte do seu dia a dia como morador. Elas mantêm tudo funcionando, deixam as áreas comuns seguras e ajudam a valorizar o seu espaço.

Manutenção e conservação

Tudo que envolve cuidar do que é comum entra aqui.

  • Limpeza diária de corredores, elevadores, portaria e jardins deixa seu ambiente mais agradável

  • Troca de lâmpadas, pequenos reparos em portas e pinturas ajudam a evitar problemas maiores

  • Manutenção do elevador, bomba d’água e portões garante que você não fique na mão

Despesas de pessoal e serviços

A equipe do condomínio faz diferença na rotina.

  • Salários e encargos dos porteiros, zeladores e seguranças trazem tranquilidade

  • Serviços terceirizados, como faxina e jardinagem, mantêm tudo no padrão

  • Contribuições previdenciárias garantem os direitos dos funcionários do prédio

Consumo e despesas fixas

Aqui estão as contas que não podem faltar e que entram no seu boleto mensal.

  • Água, luz e gás das áreas comuns mantêm tudo funcionando

  • Taxas bancárias, administrativas e seguro obrigatório do prédio fazem parte do pacote

  • Reposição do fundo de reserva cobre gastos previstos, mantendo o prédio em ordem

Responsabilidade pelo pagamento: inquilino ou proprietário?

Quando o boleto do condomínio chega aí, logo bate a dúvida: quem paga o quê? A resposta vem da Lei do Inquilinato (Lei 8.245/91): as despesas ordinárias, aquelas que fazem o prédio funcionar todos os dias, ficam com você, inquilino. Coisas como limpeza, porteiro, manutenção do elevador e o consumo de água e luz das áreas comuns entram nessa conta. Tudo prático, direto e dentro do valor da cota mensal.

Agora, se surgir uma obra grande, pintura da fachada ou troca dos portões, aí é o proprietário que lida com esses custos, porque são investimentos e melhorias para o imóvel. Você só arca com o básico, aquilo indispensável pra vida seguir normal no condomínio.

Se pintar aquela dúvida, vale conferir uma olhada no seu contrato. Alguns trazem cláusulas específicas, mas o padrão aí segue essa regra: rotina fica com quem mora, grandes projetos com quem é dono. Assim, fica clara a divisão e ninguém leva susto no fim do mês.

Exemplos rápidos

  • Você, inquilino: paga limpeza das áreas comuns, salários de funcionários, luz e água de uso coletivo, pequenos reparos.

  • Proprietário: banca reformas estruturais, pinturas externas, troca de elevador, obras que deixam o prédio mais bonito ou seguro.

Sempre que questionarem o valor do condomínio, pense nessas duas caixinhas. Entender essa divisão ajuda no seu controle financeiro e evita discussões desnecessárias no grupo do prédio.

Como é feita a cobrança e aprovação das despesas ordinárias

Quando chega o boleto do condomínio, ele traz embutido tudo que mantém seu prédio funcionando no dia a dia. O valor dessa taxa condominial sai de uma reunião de assembleia, onde você, junto com outros moradores, define a previsão de gastos para o ano. O síndico prepara um orçamento detalhado, explicando cada item: salários dos funcionários, contas de energia das áreas comuns, limpeza, pequenos reparos e outros custos básicos para ninguém ser pego de surpresa.

Sua participação faz diferença no momento da aprovação. Na assembleia, todos têm voz para questionar, pedir ajustes ou sugerir mudanças antes de dar o aval ao orçamento. Transparência é lei nesse processo. Se o fundo de reserva for usado para cobrir alguma despesa, a reposição acontece só com a aprovação coletiva, deixando cada decisão registrada em ata.

A taxa mensal tem data certa e forma de pagamento previstas na convenção do condomínio. Caso você esteja locando o imóvel, saiba que normalmente o inquilino arca com essas despesas do cotidiano, conforme a Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/1991).

  • O valor da taxa condominial nasce da soma dos custos ordinários previstos, discutidos e aprovados entre os condôminos.

  • O pagamento ocorre uma vez por mês, com data e detalhes definidos pelo condomínio.

  • Todo orçamento, incluindo reposição do fundo de reserva, precisa do “ok” em assembleia para garantir que você saiba onde está sendo investido seu dinheiro.

  • Qualquer dúvida, é só consultar a convenção ou falar com o síndico.

Possíveis conflitos e como resolver divergências

Viver em condomínio tem seus desafios, principalmente quando o assunto são as despesas ordinárias. Alguns conflitos são bem comuns, mas dá pra resolver de forma simples se todo mundo colabora.

Desentendimentos sobre cobranças

Você recebe aquela cobrança e acha que o valor tá alto ou estranho? Questione! Peça ao síndico ou à administração todos os detalhes. Participar das assembleias é seu direito. Lá você pode ver as contas de perto e votar nas decisões.

Inadimplência de vizinhos

Quando alguém atrasa o pagamento, isso pesa no bolso de quem paga em dia. Nessas horas, converse com o síndico para saber das soluções já previstas. O diálogo é sempre o primeiro passo e, se não resolver, vale sugerir negociação antes de pensar em medidas mais sérias.

Falta de transparência

Desconfiança com as contas é desconforto certo. Exija relatórios detalhados e claros — eles são obrigatórios. Dê preferência para condomínios que usam sistemas online de prestação de contas, assim todo mundo tem acesso fácil sempre que precisar.

Dúvidas sobre tipo de despesa

Não ficou claro se o gasto é ordinário ou extraordinário? Consulte a convenção do condomínio e, na dúvida, acione o conselho fiscal ou o próprio síndico. Eles podem explicar com exemplos práticos o que entra em cada grupo.

Clima ruim entre síndico e moradores

Atritos afetam a convivência. Use os canais de comunicação oficiais, como grupo de mensagens ou quadro de aviso. Se a conversa direta não funcionar, vale sugerir mediação neutra, com um conselheiro ou empresa especializada.

Regras claras, comunicação aberta e participação nas decisões garantem um ambiente mais leve. Assim, as despesas ordinárias deixam de ser um problema e passam a fazer parte da rotina, sem surpresas.

Foto de Henrique Rusca

Henrique Rusca

CEO da Condolivre, fintech de soluções financeiras para o universo dos condomínios e soluções de crédito para cada parte do ecossistema das administradoras. Bacharel em Engenharia Elétrica e Ciência da Computação pela Duke University.
Foto de Henrique Rusca

Henrique Rusca

CEO da Condolivre, fintech de soluções financeiras para o universo dos condomínios e soluções de crédito para cada parte do ecossistema das administradoras. Bacharel em Engenharia Elétrica e Ciência da Computação pela Duke University.

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