O que o síndico pode decidir sozinho? Confira as principais decisões possíveis

O que o síndico pode decidir sozinho é uma dúvida comum entre condôminos e envolve decisões importantes que impactam diretamente o dia a dia do condomínio. Como representante legal, o síndico possui autonomia para resolver questões administrativas e financeiras, desde que respeite os limites estabelecidos pela Convenção e pela legislação vigente.

Entre as decisões que podem ser tomadas sem consulta à assembleia estão a contratação de serviços essenciais, como manutenção e segurança, e a gestão de despesas ordinárias. No entanto, é fundamental agir com cautela, especialmente em situações que podem gerar repercussões econômicas significativas, como a rescisão de contratos.

Entender até onde vai a autonomia do síndico é essencial para garantir uma gestão eficiente e transparente, preservando os interesses dos moradores e a harmonia no condomínio.

Pontos-chave

  • O síndico pode tomar decisões sozinho em questões administrativas e financeiras, desde que respeite as normas da Convenção e a legislação vigente.
  • Exemplos de decisões autônomas incluem a contratação de serviços essenciais, obras emergenciais e aplicação de multas e advertências.
  • Certas decisões, como reformas estruturais, uso do fundo de reserva e despesas extraordinárias, exigem aprovação em assembleia.
  • Respeitar os limites legais evita conflitos, ações judiciais e problemas financeiros no condomínio.
  • A transparência na gestão, como prestação de contas e comunicação clara com os condôminos, é essencial para manter a confiança e a harmonia no condomínio.

O que o síndico pode decidir sozinho

O síndico tem a autonomia de tomar certas decisões sem a necessidade de aprovação prévia da assembleia, desde que respeite as normas da convenção do condomínio e o Código Civil. Abaixo, entenda em quais situações essas decisões podem ocorrer.

Contratar ou demitir funcionários

O síndico pode contratar ou demitir funcionários, como porteiros e zeladores, dentro do limite orçamentário aprovado pela assembleia. Contudo, recomenda-se consultar o conselho fiscal para evitar desvios. É importante observar o desempenho dos novos contratados e garantir que atendam às necessidades do condomínio, utilizando período de experiência.

Executar obras emergenciais

Obras emergenciais que previnem danos imediatos ao condomínio podem ser realizadas diretamente pelo síndico. Isso inclui reparos em elevadores, contenção de vazamentos ou outras condições que, sem intervenção, possam causar acidentes ou prejuízos maiores. Procedimentos de alto custo, mesmo sendo urgentes, exigem que você preste contas à assembleia após a execução.

Aplicar multas e advertências

A aplicação de multas e advertências faz parte da autonomia do síndico. Ao identificar condôminos que desrespeitam o regimento interno ou a convenção, você pode emitir essas penalizações com base em disposições pré-existentes. É essencial que sejam documentadas e embasadas em regras claras.

Cobrar condôminos inadimplentes

Cobranças de moradores que atrasam suas taxas mensais ou outras obrigações financeiras podem ser feitas diretamente pelo síndico. Isso inclui notificações formais e, em casos extremos, medidas legais. O objetivo é evitar que a inadimplência comprometa o orçamento condominial.

Entrar em unidades em caso de emergência

Em emergências que coloquem o condomínio em risco, como vazamentos graves de gás ou água, o síndico pode entrar nas unidades para atuar de forma imediata. Essa ação deve ser usada com parcimônia, garantindo a segurança coletiva e respeitando a privacidade individual, conforme estabelecido em lei.

Limites das decisões do síndico

O síndico, como representante legal do condomínio, tem autonomia para gerir diversas questões administrativas. No entanto, há decisões que demandam a aprovação prévia da assembleia e o cumprimento rígido da Convenção Condominial.

Decisões que exigem aprovação em assembleia

Assembleias são essenciais para decisões que impactam significativamente o condomínio. Alterações no regulamento interno, como mudança de uso de áreas comuns ou instalação de equipamentos como academias, precisam dessa aprovação. Determinações sobre o aumento do orçamento, aprovação de despesas extraordinárias ou a contratação de empréstimo para condomínios também exigem consenso dos condôminos.

Reformas que são consideradas melhorias estéticas ou estruturais, como mudanças em fachadas ou modernização de espaços, não podem ser decididas unilateralmente. A inclusão de novos serviços com impacto financeiro significativo deve passar pela deliberação em assembleia, garantindo transparência nas ações.

Uso do fundo de reserva do condomínio

O fundo de reserva existe para cobrir situações excepcionais e emergências. O síndico só pode utilizar esse recurso sem assembleia em casos urgentes, como reparos imediatos devido a vazamentos graves ou a substituição de bombas de água. Fora dessas condições, é obrigatório que a assembleia autorize qualquer utilização.

Para pagar despesas emergenciais, comunique o conselho consultivo imediatamente e apresente os gastos na próxima reunião de condôminos. Usar o fundo sem justificativa ou além do limite permitido pela Convenção Condominial pode gerar penalidades e desconfiança na gestão do condomínio.

Importância de respeitar a legislação

A gestão condominial exige estrito respeito às normas legais para garantir segurança jurídica e uma convivência harmônica. Qualquer decisão do síndico que não esteja em conformidade com a legislação pode acarretar sérias penalidades e prejuízos ao condomínio.

Consequências de decisões irregulares

Decisões irregulares podem resultar em ações judiciais, multas administrativas ou até na destituição do síndico. Por exemplo, utilizar o fundo de reserva sem necessidade comprovada ou realizar obras não emergenciais sem aprovação da assembleia pode gerar desconfiança e problemas legais. Além disso, a violação das regras pode comprometer o orçamento do condomínio e colocar em risco o bem-estar dos moradores. Respeitar a legislação evita conflitos e assegura uma gestão eficiente.

Princípio da transparência na gestão condominial

A transparência fortalece a confiança entre síndico e condôminos. Atos como apresentação de prestações de contas, consultas ao conselho consultivo e comunicação sobre importantes decisões refletem uma gestão condizente com as exigências legais e os direitos dos moradores. Por exemplo, quando um síndico profissional gerencia o condomínio, ele deve cumprir suas obrigações, como documentar despesas e informar a todos sobre contratações e rescisões. Ter clareza nos processos evita desentendimentos e facilita o alinhamento entre as partes.


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Henrique Rusca

CEO da Condolivre, fintech de soluções financeiras para o universo dos condomínios e soluções de crédito para cada parte do ecossistema das administradoras. Bacharel em Engenharia Elétrica e Ciência da Computação pela Duke University.
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Henrique Rusca

CEO da Condolivre, fintech de soluções financeiras para o universo dos condomínios e soluções de crédito para cada parte do ecossistema das administradoras. Bacharel em Engenharia Elétrica e Ciência da Computação pela Duke University.

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